Os grãos vermelhos indicam que a produção está no ponto. Na fazenda de Antonio Elias Bosquê, em Garça (SP), uma máquina balança os galhos dos pés de café para fazer a colheita da safra que anima o produtor.
Antonio diz que o fruto se desenvolveu, está granado e o cafezal superou a expectativa de produção. A previsão é colher 70 sacas de 60 quilos por hectare.
São cinco variedades cultivadas, diversificação que permite ao produtor colher durante toda a safra. Isso ocorre com a ajuda do sistema de irrigação por gotejamento, que garante água aos pés independentemente do clima.
A fazenda também utiliza a fertirrigação, que aproveita a água do gotejamento para aplicar fertilizantes diretamente na raiz da planta.
O agrônomo José Irineu Batista Pereira Filho diz que a técnica otimiza o manejo da lavoura, o controle de pragas e doenças, além de reduzir os custos.
Depois da colheita, o café vai para uma máquina que separa os grãos maduros dos novos. Então, os grãos são descascados e seguem para a secagem.
Garça é uma das maiores regiões cafeeiras do Estado. São 9 mil hectares de área plantada e mais de 400 produtores. Juntos, eles esperam colher 300 mil sacas até o fim deste ano, o que representa 10% a mais que em 2016.
Na fazenda de Mauro Fernando Medeiros, a secagem do café é acompanhada de perto para que os grãos alcancem o nível de umidade correto para armazenamento, em torno de 12%.
O produtor diz que não pode se descuidar nesse ponto. O café tem que estar em constante movimento e deve ficar em uma condição uniforme.
Em todo o Centro-Oeste Paulista, a expectativa é colher mais de 1 milhão de sacas, a maior produção do estado de São Paulo.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a safra paulista pode atingir pouco mais de 6 milhões de toneladas.
Fonte: G1