Em fevereiro o índice geral de ruptura ficou em 10,9%, diante de 11,7% registrado em janeiro
O mês de fevereiro registrou queda na indisponibilidade de produtos nas gôndolas das principais redes de supermercados do país.
No último mês, o índice geral de ruptura ficou em 10,9%, diante de 11,7% registrado em janeiro. A diminuição pode ser explicada pela redução no sortimento de mercadorias nas gôndolas, reflexo de fatores como inflação em alta, perda do poder aquisitivo e instabilidades no mercado internacional de commodities face o conflito Rússia-Ucrânia.
Tanto do varejo quanto da indústria, a percepção que tivemos é que fevereiro foi um mês melhor em vendas, mas de produtos mais baratos: há essa migração e, quando o consumidor encontra uma oferta, ele acaba comprando mais.
Nesse sentido, a ruptura caiu não apenas pela busca de produtos mais baratos, mas também porque o sortimento reduziu – sem a reposição de itens e/ou marcas mais caros, por exemplo.
Há a redução de sortimento tanto sob um movimento da indústria em querer repassar o menor aumento de preço quanto do próprio varejista. Então, o setor supermercadista, entendendo que não vai vencer a inflação, reduz seu mix de marcas e itens – e nisso as marcas mais caras somem.
O leite foi uma categoria que registrou menor sortimento, com consequente venda de itens mais baratos, no mês de fevereiro. Devido à redução no preço médio ao longo dos últimos meses, o item vem mantendo tendência de alta no carrinho de compras desde janeiro.